Você é livre? Mas, então, o que é Liberdade?
- por Prof. Paulo Neto
- 11 de jul. de 2017
- 3 min de leitura
Já se perguntou o que é liberdade? Em meio a tantas obrigações e a tantas expectativas da vida social, parece ser estranho pensar que possamos ser realmente livres. E você, já perguntou para si mesmo: Você é realmente livre?

Para sermos realmente éticos, é fundamental que as pessoas sejam livres. Senão, ser ético se tornará apenas a repetição de comportamentos já comuns, que não representam exatamente valores ou coisas importantes. Isso porque, os valores mudam com o tempo e o lugar. Assim, é importante que, pela liberdade nós escolhamos o que fazer, e escolhamos também aquilo que é melhor.
Claro que esse melhor não pode ser melhor apenas para mim. Se assim for, não estaremos falando de ética, mas apenas de egoismo. A liberdade precisa ser para todos, pelo menos como ideal. Assim, eu ser livre e aprisionar ou outros com a minha atitude não pode ser um modo vário de liberdade.
Onde termina a minha liberdade começa a sua e assim por diante. Desse modo, para pensarmos a liberdade precisamos ter em vista a convivência das liberdades na vida em sociedade. Falamos mais sobre isso neste texto: "Para que ser livre? A Liberdade em Sociedade?"
Sendo assim, ser livre implica de alguma forma, em três fatores que estão presentes de várias formas, seja no pensamento ou na vida prática:
Primeiramente, ser livre é, então, o mais obvio: poder escolher. Não é possível pensar liberdade se não podemos fazer opções, ter alternativas para se posicionar diante da realidade. Por exemplo, se eu não posso ser livre para não estar na aula, de alguma forma não sou livre.
Em segundo, ser livre implica em: ter consciência do que se escolhe. Não só no sentido de saber o que é certo e o errado, mas ter consciência também sobre a realidade onde é feita a escolha. Quando pensamos eticamente fazemos juízos de valor, ou seja, dizemos se algo é bom ou ruim. Contudo, antes dessa consciência precisamos tem consciência sobre a realidade na qual o juízo de valor é emitido. Quer dizer que, a visão de mundo que eu tenho implica no modo como eu vejo a realidade, e assim no juízo se eu acho aquilo bom ou mau, ou seja no modo como eu me posiciono eticamente.
Sem consciência sobre a realidade não é então possível ser livre, pois em outras palavras eu não sei o que eu estou escolhendo. Utilizando o mesmo exemplo, se você livre para ir embora, e então deixa de ir a aula, mas não tem a consciência da importância que o estudo tem, ou da falta que aquela aula irá fazer para uma prova da semana que vem, você também não está sendo livre, mesmo tendo escolhido. Ou seja, se você não tem consciência das implicações que a ação terá na realidade, mesmo que você tenha escolha, não estará sendo livre.
Em terceiro lugar, ser livre implica também em: ter intencionalidade. É preciso que, ao escolher, eu tenha a intenção de assim escolher, caso contrário, não serei livre. No exemplo novamente, se em um dia importante para os estudos você tem algum problema de saúde, passa mal e precisa ir embora, mesmo que você escolha ir embora, mesmo que tenha consciência das consequências negativas de perder estudos importantes naquele dia, ao ir embora, sua intenção não é de fato deixar a aula, mas sim cuidar de sua saúde, se sentir melhor etc. Assim, o fato de ter passado mal, o impede de ser livre.
Estes três elementos nos leva aos conceitos liberdade, responsabilidade e autonomia. A liberdade não vem apenas com a escolha, mas também a responsabilidade que está em assumir as consequências dos atos escolhidos, e assim não se tornar vítima das próprias ações. Com esses três passos chegamos ao conceito de autonomia, que é ser livre para escolher; ter consciência do que se escolhe e da realidade onde se escolhe e; por fim, ter a intenção de assim escolher, assumindo as consequências de seus atos, e assim sendo responsável pela suas ações.
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